Os amores de Safo > As mulheres gregas só se relacionavam com outras mulheres, não é estranho supor que muitas tenham encontrado afeto e prazer sexual com elas. Entretanto, pouco se sabe a respeito. Só temos informações de época anterior, século VII a.C.. Safo, viveu na ilha de Lesbos e dirigia uma escola onde mulheres aprendiam música, poesia e dança. Ela se apaixonou por algumas delas mulheres e manifestou o seu amor em poemas sensuais.

Safo escreveu cerca de doze mil linhas, das quais somente 5% sobreviveram à queima de livros efetuada mais tarde pelos cristãos. “Isto é algo novo, algo que não se encontra na vida primitiva, nem na poesia ou histórias primitivas. Isto é o começo do amor ocidental, por mais diverso que possam ser dos casos de amor de Safo, os do homem e da mulher modernos, o certo é que os sintomas superficiais da paixão ainda são os mesmos.” , diz o historiador Morton Hunt.

Safo teve marido e filha. Segundo alguns autores, os homens vingativos teriam acrescentado uma narrativa para o final de sua vida. Foi-lhe atribuída uma paixão ardente por um homem chamado Fáon que, segundo o poeta Meandro (século IV a.C.), ela teria “perseguido com um amor furioso”.

Não sendo correspondida no seu amor, Safo teria se lançado ao mar do alto de uma rocha, suicidando-se. Embora denegrida por alguns por seus amores, foi glorificada por seu talento. Desde a Antiguidade, foi chamada de a “décima Musa”. Mesmo assim, seu nome será sempre ligado aos amores que ela cantou, à homossexualidade.

Trecho de O Livro do Amor, de Regina Navarro Lins. Lançamento: 2012



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