Regina Navarro Lins · @reginanavarro
4th Nov 2011 from Twitlonger
Prostituição > As prostitutas sempre foram as guardiãs da moral sexual da sociedade, o seu verdadeiro crime é revelar a hipocrisia dessa dupla moral. No dicionário encontramos a seguinte definição: “mulher que pratica o ato sexual por dinheiro”.
Então, quantas mulheres casadas, respeitadas e valorizadas socialmente se prostituem com seus próprios maridos, fazendo sexo com eles sem nenhuma vontade?
Quantas moças são educadas para só se casar com homens que lhes possam dar conforto e dinheiro?
Quantas mulheres solteiras só aceitam ir para um motel com um homem se antes ele pagar o jantar num restaurante caro?
É impossível calcular, mas nada disso é falado. Tudo se passa por baixo do pano para que a respeitabilidade dessas pessoas seja preservada. A prostituta é desprezada, mas a única diferença é que seu jogo é claro. Ela não se preocupa em fingir.
“Entre as que se vendem pela prostituição e as que se vendem pelo casamento a única diferença consiste no preço e na duração do contrato.” , dizia Simone de Beauvoir.
Trecho do livro A Cama na Varanda, de Regina Navarro Lins.