No consultório: O medo de decepcionar > André, 32 anos, músico, fazia muito sucesso com as mulheres. Era bonito, inteligente e bastante sensual. Convivia com muitos artistas. E sua vida social era intensa, assim como seu sofrimento. Não havia lugar onde não fosse assediado, mas sempre acontecia o mesmo. Costumava ficar com a mulher mais interessante da festa.

Sedução pra lá e pra cá. Beijos e carinhos. No final, a convidava para ir no seu carro. Sem dúvida, a noite prometia. Entretanto, no meio do caminho, sem maiores explicações, mudava os planos. Deixava a parceira em casa e ia dormir sozinho. “Não tem jeito, não consigo. Acho meu pênis muito pequeno e sei que vou decepcionar a mulher na cama. É insuportável imaginar as mulheres comentando sobre isso. Tenho certeza absoluta que elas contam tudo umas para as outras.”

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De algumas décadas para cá, com o movimento de liberação dos costumes e o advento dos anticoncepcionais, as condições sociais que protegiam o desempenho sexual do homem começaram a mudar. A mulher, que antes só tinha experiência sexual com o marido, mesmo assim de forma restrita, agora exige mais prazer.

O homem, então , passou a sofrer muito com sua sexualidade. O temor da impotência, de ter o pênis pequeno ou fino, a ejaculação precoce, geram insegurança. E esta será maior na medida do grau de submissão aos valores machistas da nossa sociedade. A dificuldade que os homens têm em aceitar que não sabem tudo sobre sexo também é responsável por situações como as do exemplo.

O que André precisa saber é que a área de maior prazer para a mulher no sexo é o ponto G, e ele se localiza a apenas cinco centímetros da entrada do canal vaginal. Assim, um pênis de qualquer tamanho pode proporcionar muito prazer à mulher, a não ser, claro, que o homem só esteja interessado em ser admirado pelo tamanho do seu pênis e depois ejacular.





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